segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Perder.

Por pura falta de opção, essa estranha agonia persiste. É quase incompreensível, mas com um tanto de esforço, pode-se conseguir. Há amor. Grande afeto. Porém, ao mesmo que completa, retira. Ah, e como retira. A falta pós contatos é enorme. Digo de forma física, psicológica, sentimental. Falta até mesmo dignidade. Sobra somente a vergonha, desespero, angústia e um frio solitário. Para exemplificar, imagine estar ao lado de uma pessoa que suga-lhe absolutamente todas as suas energias. Quanto mais palavras saem daquela boca, maior o vazio em você. De todos os poros do seu corpo sai sua energia, e você está lá enxergando tudo isso acontecer. Apenas sentindo o que já está vendo.
Talvez sempre fez mal, só que agora atingiu proporções inimagináveis e está difícil controlar seus efeitos.
Apenas se perde.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Será?



Abri o blog, olhei. Cliquei em nova postagem ainda sem saber o que escrever. Resolvi buscar inspiração em alguma das tantas imagens que vivo salvando aqui no computador. Então vi esta acima e de repente me bateu uma grande dúvida.

Será que eu vou conseguir me tornar velhinha? 
Ou melhor, será que consigo me tornar uma velhinha bem humorada?

Talvez os anos me roubem os sorrisos, talvez nem chegue a criar rugas de alegria. Talvez eu desista antes, canse das dores. Talvez eu seja nada do que sou hoje. Quem sabe, eu (não) realize tudo isso que já planejei. Poderei ser a cópia dos meus pais. Tornar-me tudo o que sempre abominei. Talvez tenha filhos e netos. Talvez viaje muito. Talvez conheça a Itália. Talvez tenha uma moto e sofra um acidente. Talvez use uma aliança. Talvez conheça as melhores pessoas do mundo. Talvez aconteça coisas terríveis. Talvez seja uma pessoa bem querida. Ou posso passar os últimos dias em um lar de velhinhos.

Talvez não me torne velhinha.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Verde e Amarelo

O Brasil é tão grande
tão diferente.
Tanto clima, paisagens, cidades e principalmente pessoas e seus costumes.
Nesse instante há um moleque do Rio carregando um Fuzil enquanto sobe um grande morro por escadas tortas.
Também um garoto com sotaque bem puxado está montado em um cavalo procurando suas criações, que são seu maior bem.
Um briga com sua mãe porque ela se nega a lhe dar o Xbox que ele insiste necessitar mas não sabe dos dramas maiores que se passam em outras terras.
Alguns estão sendo vítimas do escasso sistema de ensino que falhou, e agora só têm refúgio nas drogas.
Só poucos têm a vida que lhe darão um futuro digno, sem tantas decepções, longe do que o Brasil carrega como problemas antigos. Aprenderão história e matemática e poderão consertar a passos curtos tanto que há para ser feito, por si e por todos os que não o podem fazê-lo.

O país do carnaval e do futebol já deveria ser outro há muito tempo. A música deveria ser o xote, não o samba. Muita mais deveria se olhar para o que finge não se ver. O Nordeste sofre, o Sudeste grita, do Norte ninguém lembra, o Centro-oeste é uma bagunça, e o Sul parece outro país.
Peculiaridades são definidas por Estado. São todos extremamente diferentes, e quão maior a distancia entre eles, maiores diferenças ainda são. Mas o Brasil é de todos, não é isso que diz a propaganda? Não parece ser.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

verdes vermelhos


Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem.
O teatro mágico

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dores

Dor é solitária.
Mesmo que você passe o dia e a noite repetindo que sente dores, só você sente.
É inteiramente sua dor.
Você é quem fecha os olhos desejando com todas as forças que aquilo passe logo.
Você é quem perde o sono agonizando.
É a sua dor.
Infinita dor (enquanto dura).
Quem disse que só as coisas boas são inteiras ?


Quase!

Entrei no carro pelo lado do passageiro
-ele sai mais rápido que eu. Pensei.
Soltei o cabelo.
Vi meu rosto pelo retrovisor.
Mexi os cabelos com a mão esquerda.
O carro virava à direita, em direção a pista.
-Pai! (tem um carro vindo na nossa direção, para para para!)
Barulho de freiada.

Essa quase foi a minha última palavra.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

distância

Algumas vezes você sentirá o que acabo de sentir. É sobre quando você se distancia muito de alguém e chega ao ponto de poder considerá-la desconhecida (Tomando como base o fato que as pessoas mudam a todo instante). E pior que ver alguém se distanciar e tornar-se desconhecida é perceber o quão diferentes tornaram-se. Notar que tudo aquilo que une duas pessoas, coisas como gostos em comum, não existem mais.



domingo, 6 de fevereiro de 2011

Antigas conversas.

" Você olha para trás e enxerga o ensino médio, os amigos, os cursinhos, tudo aquilo que estudou, os vestibulares. Você olha para a frente e não vê nada. "
 Professora Poly da Hora. 


Destino, qual? 


Momento de rever tudo que já aconteceu. De repensar os conselhos e conversas. De decidir o que fazer. Agora só resta não desistir do que se quer. E, provavelmente, o mais difícil será não estagnar-se. 

Os amigos estão ficando para trás. Novas amizades escolares não estão por surgir. Você será sempre o errôneo da história. O abismo está diminuindo, mas ainda há. E enquanto houver, há culpa.

Época de perdas.


Geo


logia.