segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vai que.

Tão perto
distante.
O que faltou mesmo? Deixar levar-se. Controle demais. 
Então meu rosto você beijou. 
Olhar e pensar tantos segredos
Será que você conseguiu ler aquele olhar?
Eu quase o gritei. A vontade.
Será que você percebeu aquele impulso
Se sentiu o ciúmes que senti.
Não é tristeza, é só espera. 
Vai que algum pensamento, um plano ou alguma atitude aparece. 
Vai que toca uma música bonita e tudo muda? 


Eu gosto. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

( ! )

  
Muito cuidado quando for pensar perto de alguém.


  Algumas pessoas conseguem ouvir pensamentos. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Rosa



Não me lembro bem como aconteceu, 
mas ali estava,
uma rosa em minhas mãos.
Eu a segurava delicadamente.

A observei demoradamente
Do seu cheiro me lembro bem
Era tão bonita
A mais bela que já havia visto.

Então mudou de cor.
De vermelha passou a vinho,
e desta para marrom,
Mas ainda carregava sua beleza inicial.

Então eu a quis mais perto de mim.
E quanto mais a pressionava contra meu peito
mais lágrimas desciam dos meus olhos
Seus espinhos rasgavam-me.

Eu não me importava 
grandemente com a dor.
Porque ao menos ela estaria
um pouco mais próxima de mim.

No início era outono
e agora outro outono já é.
Abandoná-la não posso.
Mas guardá-la tentarei.

Colocarei a rosa em uma caixinha de vidro
e vedarei.
Não quero perder as lembranças
que iriam embora com a rosa.

Mas também já carrego 
cicatrizes demais.
Então a guardarei dentro de mim,
Mas não em local acessível.

Guardarei tão bem guardada
que parecerá escondida.
Então as feridas tornarão-se
apenas marcas de guerra. 

Até que eu sinta saudade
da minha rosa querida.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

FIM

    Quando você me encontrar, estarei dormindo. A serenidade estará exposta no meu rosto. Você ouvirá Comfortably numb. Afinal, está no modo replay, até que alguém desligue. A princípio, ninguém notará. Haverá um envelope perto do que era eu. Meu celular, sem nenhuma ligação, o que não era grande novidade. Talvez o sol realce o que resta do que um dia foi belo. E uma carta muito bonita terá sido escrita. A mais bela carta que já fiz. Lágrimas rolarão ao lê-la, e ela será lida por muitos. Caixas vazias, cartelas de medicamentos sem comprimidos. Quem sabe algum último álcool. Algumas fotos. Minhas últimas recordações. 
    Tudo que queria esquecer e relembrei uma última vez, tudo que tanto quis ter, tudo que me fez não suportar mais. E o seu nome talvez esteja lá.  Você talvez seja o que quase me fez desistir da ‘boba’ idéia. Mas você pode ser o maior responsável. Não pelos momentos ruins, mas por perceber que não agüentei sem os melhores tempos de minha vida. Desculpem-me, mas não consegui salvar a humanidade, pessoal... Eu sequer consegui salvar minha vida. Vocês terão de seguir sem mim. 

    Bastaria esboçar algum interesse. E acredite, eu esperei. Até quando perdi as esperanças. Não me restava mais nada. E se tudo isso estivesse prestes a acontecer exatamente agora? Enquanto você lê cada uma dessas palavras? É drama, que seja drama então.


Desespero

Desesperador é a dependência
Quanto a própria alegria não se encontra em si
É não saber o que pode ser feito
(já se fez tudo que pensou, seguiu conselhos, desistiu e reconsiderou)
Já esperou
Já cansou de esperar
A dependência que é alimentada a esmo
A que fere...
Ahh, como fere!
E não há sensatez no mundo que controle tal problema.
Incoerência.
Confusão.
Quando os olhos não focam mais. E em um frenesi vibram, impacientes.

Ahh, se hoje você ligasse, eu lhe diria tudo (tudo de novo). Mas você não liga. Ah, se ao menos imaginasse o que eu faria por você...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

u

Não me lembro quando perdi o controle da situação.

Não entendo como isso foi acontecer.

11 05

E
eu
me
achando
no
direito
de
sentir

Ciúmes


Se ninguém souber, tudo bem. 

Força maior

Vou usar uma desculpa que talvez eu mesma não acredite, mas isso ajudará a explicar o que pretendo dizer. 


De tempos em tempos conhecemos pessoas que são o que alguns chamam de alma gêmea. Pessoas com as quais se tem uma química infinitamente grande. Explicação para isso nunca achei. Apenas acontece. Nem sempre são essas as pessoas com as quais mais conversamos, passamos o tempo... nos divertimos. Mas nelas encontra-se um conforto excepcional. E isso fica marcado. E, diferente do que ocorre em parte dos relacionamentos normais, há muita reciprocidade na química entre ambas as partes. Isso reforça minha teoria que seja realmente uma força maior. O contato pode não ser frequente, mas quando ocorre... Apenas reforça-se que duas almas podem sim estarem interligadas. 





quarta-feira, 4 de maio de 2011

Marionetes

Eis que apresento a vocês:


Tender Branson 
Sabe quando nada no mundo importa? Quando nem Céu, nem Inferno. Nem Deus ou Diabo. Nem a vida e tampouco a morte são importantes? Isso é o Tender. É o FODA-SE vida. Os problemas dos outros são sempre tão fúteis. Nada importa. Elas vêem dizendo o que dói, e ele apenas diz "se mata". E por não se importar com nada, ele é o que vive mais. Não em quantidade, em intensidade. Tender não tem medo. Ele enfrenta tudo. É quase um líder. Seus movimentos são frios. Suas palavras são poucas. Também é de uma inteligência inegualável. Sabe de tudo. Pode conversar sobre futebol e política, casa e carros, arte e números. É também o mais solitário. E acima de tudo isso, ele é um suicida.


Robin
A Robin é quase uma diva. Muito elegante e a mais bonita de todas as pessoas nesse mundo. Ela é sedutora e sabe disso. Ela tem muita auto-confiança e é muito independente. Mas além disso, ela sabe descer do salto, sabe usar uma arma e sabe se virar no meio da mata fechada. Ela carrega um canivete consigo todo tempo. Sabe como encontrar água no meio do deserto e ela, definitivamente, não é boazinha. É mais macho que muitos dos marmanjos que conhece. Mesmo bancando a durona na maior parte do tempo, ela tem um lado frágil que pouquíssimas pessoas conheceram. Quando se fala em amor, ela perde parte de sua auto-estima e torna-se insegura. Chegando ao ponto de fazer acordo de casamento (caso esteja solteira até os 40, ela casa com o fulano que topou o acordo).




Kate
A Kate não envelhecerá jamais. Ela é o espírito mais aventureiro de todos. É rebelde. É aquela que acorda, amarra o cabelo para trás, calça botas, pega o capacete e sai sem destino em sua Harley Davidson. Na verdade, este é seu sonho. Mas o espírito está aí. Ela é a garota de sábado a noite. Adora a noite e festas. É sorridente, simpática e muito sociável. É quem bebe, fumar não, isso ela não quer. Ela apenas quer aproveitar ao máximo todas as experiências que a vida tem a oferecer. Quer viajar o mundo e conhecer gente de todos os estilos, rostos e cores. Infelizmente, ela também é a que mais sofre com ressacas.


É isso, por enquanto, quando novos aparecerem, eu posto. (:

Negresco e pessoas

Eu passo muito tempo sem comer Negresco. Eu sinto falta de Negresco. Eu começo a ter abstinência de Negresco. Eu compro um pacote e guardo. É bom saber que quando a vontade incontrolável por Negresco voltar, ele está lá, guardadinho, só esperando por mim. Daí um dia, de tanto ver aquele pacote lá no armário, eu resolvo abrir, mesmo sabendo o que vem pela frente. Eu abro, como um, dois, três biscoitos. E enjoo.


 Nunca termino um pacote de Negresco porque não consigo. Por maior que tenha sido a vontade, ela acaba logo. E isso não acontece apenas com o pacote de Negresco.



-Prazer em te conhecer.

Quero pedir desculpas, é sério, a todas as pessoas que já me disseram isso e ouviram o meu silêncio

Agora eu digo, foi um prazer enorme te conhecer também, sério. Só não falei antes porque eu não consigoEu ouço, fico processando a informação, e quando vejo, já passou do momento de resposta. 



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não-recíproco.

Quem disse que a presença só se faz quando se está perto? 
Quem falou que você precisa estar ciente de todas as vezes que eu estou com você?
Se estou pensando em você, isto é você! É presença! Você apenas não sabe disso. 
Veja quanta sagacidade! 


Ou diria auto-suficiência. Talvez algumas gotas delicadamente contadas (em um conta-gotas) de solidão.