mas ali estava,
uma rosa em minhas mãos.
Eu a segurava delicadamente.
A observei demoradamente
Do seu cheiro me lembro bem
Era tão bonita
A mais bela que já havia visto.
Então mudou de cor.
De vermelha passou a vinho,
e desta para marrom,
Mas ainda carregava sua beleza inicial.
Então eu a quis mais perto de mim.
E quanto mais a pressionava contra meu peito
mais lágrimas desciam dos meus olhos
Seus espinhos rasgavam-me.
Eu não me importava
grandemente com a dor.
Porque ao menos ela estaria
um pouco mais próxima de mim.
No início era outono
e agora outro outono já é.
Abandoná-la não posso.
Mas guardá-la tentarei.
Colocarei a rosa em uma caixinha de vidro
e vedarei.
Não quero perder as lembranças
que iriam embora com a rosa.
Mas também já carrego
cicatrizes demais.
Então a guardarei dentro de mim,
Mas não em local acessível.
Guardarei tão bem guardada
que parecerá escondida.
Então as feridas tornarão-se
apenas marcas de guerra.
Até que eu sinta saudade
da minha rosa querida.
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