Olhei para aquela janela grande de madeira, por onde passavam linhas paralelas com pouca luz. Virei o rosto para a esquerda, vi alguns livros na cabeceira. Minhas mãos que encontravam outras mãos, cruzando os dedos. O indicador que viajava do polegar ao indicador daquela mão que não era minha, bem devagar. E estava feliz. Com um sorriso disfarçado ainda pelo sono. Como se ainda estivesse dormindo e não passasse da visita de um sonho. Não dessa vez. Um corpo sob o meu, só para aquecer e esquecer que o tempo passa.
(...)
-Dá preguiça ficar assim.
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