segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Foi a cebola

Não, não foi porque você me deu a notícia que eu esperava e não queria. Nem porque vai ser a última vez. Não foram meus ciúmes gritando que você vai conhecer gente nova e se apaixonar loucamente por alguém. Não foi o medo de que você se esqueça de mim logo na primeira semana. Não foi raiva por ter sido impotente. Não foi tristeza profunda. Sequer, rasa. Não é porque serão meses (quem sabe, mais) sem você. Não vai ser a saudade que vou sentir, seu cheiro, sua voz, seus olhos, seu beijo.  Não vai ser a falta dos dias que poderiam vir. Não foi aquela dor no peito sufocando-me. 






Foi só a cebola. 
Eu garanto
(só não me peça para jurar). 

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