quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Run!

Então lá eu estava. No início ou fim de uma calçada. Olhei até onde a vista alcançou e tudo o que vi foi um caminho entre árvores bem verdes e  senti poucos pingos de da chuva que dominou toda a tarde. Alonguei-me, respirei bem fundo. "Só paro quando não aguentar mais" pensei. Pá! Poucos segundos depois senti no meu pé esquerdo um incômodo. DOR. Ah, sua bandida, tentando me roubar dos meus sonhos, Você não vai conseguir. Hoje, você é quem vai esperar! Comecei a marcar o tempo. TIC TAC TIC. 12 minutos. Já nem dói mais. A gota de suor que se formava na minha testa e caia no chão, escondendo-se entre a água da chuva anterior. Chegava ao fim da calçada. A dor apertou fazendo-me mancar. A música que tocava fervilhou meu sangue. Lembrei-me da última raiva. Corri! Corri tanto quanto pude. Mal sentia a respiração, parecia tão... natural. Podia sentir toda a fúria correr pelas veias. Quando percebi, meus punhos estavam tão fechados que machucavam-me e eu corria tão rápido que ganharia uma disputa com facilidade. Mas aquela dor não era nada perto do pé que doia, do peito que ardia e da raiva. 
-Puta que pariu mesmo! 

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