E toda a alegria que estivera presente até ali apenas se desfez. Mais de um mês de ilusões que ela mesma decidira acreditar, como um vidro ao ser atingido por uma bala de revolver, quebrou-se. Estava sentada, ainda bem, pôde disfarçar o nervosismo que a fez estremecer. E estava comendo, isso podia ser usado como desculpa para o silêncio posterior. A ausência de qualquer som no ambiente contrastava e muito com a quantidade de gritos que se passavam em sua cabeça.
Passou o restante da noite meio perturbada, não sabia ao certo como agir. Tentou imaginar o que seus amigos diriam. Confabulou sobre as consequências que suas atitudes poderiam gerar. Preocupou-se e ficou muito agoniada. Chegou a negar um beijo, sem deixar isto muito explicito.
Estava sozinha, e sozinha teve de decidir que conselho dar a si mesma. Chegou a procurar em algum livro qualquer frase que a ajudasse. Foi então que ela entendeu que nada podia ser levado tão a sério. E que fechar-se não a ajudaria em nada, apenas a afastaria daquela, ainda que limitada, alegria diária. Resolveu fazer valer a pena. Não foi fácil, mas certamente foi a melhor decisão que ela poderia ter tomado sobre tudo aquilo.
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