segunda-feira, 22 de março de 2010

Solidão

Eu nunca te levei tão a sério, não te dava tanta atenção, não retribuía ao que você me fazia, não abdicava das minhas diversões pra conversar com você, não escrevia muitas cartas que causariam impacto, que fariam você chorar e se emocionar, talvez lhe causassem apenas um leve sorriso de canto de boca. Mas mesmo eu não sendo o que você era pra mim, você me quis, você tentou me mudar, você me levou a estados de espírito surreais. Inconscientemente, você fez isso. Tudo passa como em um filme agora. Eu conheci suas palavras há mais ou menos um ano, não tenho certeza da exata data, o primeiro fato que tenho é um registro de conversa datado de 29 de Abril, daqui alguns dias há uma data para comemorar. Talvez eu comemore só, em casa, olhando suas fotos, suas cartas, só. Eu e um vazio, um arrependimento, uma dor. Eu tenho ouvido muitas musicas tristes, lentas e depressivas. Não to com o menor saco pra tentar melhorar isso, eu não quero estar bem. Eu quero estar mal, eu perdi o que eu tinha de mais importante e nem sabia. Você está no mesmo lugar, mas as circunstâncias mudaram. Me sinto extremamente vulnerável sem poder contar com você de fato perto de mim, mesmo que metaforicamente.

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